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Santo António quem foi?


Quem foi S. António
Ele é o santo casamenteiro, sempre associado à cidade de Lisboa, que o viu nascer. Não importa se ele passou os últimos anos da sua vida em Pádua. Para os lisboetas, Santo António... é o Santo de Lisboa.
Fernando de Bulhão, ou Santo António como ficou imortalizado para sempre na história da capital portuguesa, nasceu em Lisboa, provavelmente a 15 de Agosto de 1195, numa casa onde mais tarde se ergueu a igreja em sua honra.
Os primeiros estudos foram feitos na Sé de Lisboa e abraçou a vida religiosa em S. Vicente de Fora.
É ordenado sacerdote no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Troca o nome para António em 1220 e é por essa altura que viaja para Marrocos, onde foi atacado por pestilência aquando da sua chegada. Passado um ano, quando regressava de barco a Portugal, uma forte tempestade arrastou-o para Itália, onde o destino haveria de o prender.
São Francisco convoca-o em 1221 para o Capítulo Geral da Ordem e ali, ele revela os seus talentos de orador a pregar perante os seus confrades.
Foi convidado a ensinar teologia nas escolas franciscanas de Bolonha, Montpellier e Toulouse, e é nomeado ministro provincial no Norte da Itália, em 1227.
Prossegue a sua carreira académica em Pádua, cidade onde viria a morrer em 1231.

A lenda
Estava S. António em Pádua a pregar o seu sermão. Veio um anjo do céu e disse: ó António vai livrar o teu pai que vai morrer injustamente, aquele inocente. O santo que isto ouviu, três Avé-Marias pediu. E, foi tanto, foi tanto o tempo das Avé-Marias, que ele lá chegou.
 - Então ó justiça rigorosa onde levais esse inocente a padecer injustamente? E respondeu a justiça:
 - Na minha terra, só se usa castigar quem é criminoso.
 - Então vamos aonde o morto se enterrou e ele se há-de levantar e, pela graça de Deus, há-de falar.
 E ele se levantou e pela graça de Deus falou:
 - Este homem não me matou nem de mim tem os sinais. Quem a mim me matou a ele a companha o levais. Mas o Messias, o Messias não quer que descubra mais. Mas o sagrado do Messias não quer que eu descubra mais. Depois foi o S. António ao pé deste Sr. e disse-lhe:
 - Obrigado pelo que fez por mim. È bem que não conheceis o vosso, o vosso pai, porque tu eras chamado António. Agora, tu eras (eu engano-me). Eu era chamado Fernando, de Fernando me puseram António, para me livrar do demónio que sempre me andava a tentar.

Festas e tradições
 A 13 de Junho, a cidade de Lisboa pára.
Na véspera, a cidade dançou, divertiu-se, leu pregões, cheirou manjericos e comeu sardinha assada.
Lisboa orgulha-se do seu santo e da tradição.
São os bairros mais populares os que mais importâncias dão ao seu santo. É aí que a velha Olissipo se afirma, que a tradição enobrece.
Os bairros tradicionais de Lisboa vestem-se para receber o Santo, entre marchas e fitas coloridas.
Nos largos onde desembocam as pequenas vielas e as íngremes escadarias, nascem esplanadas com sardinha assada, fitas coloridas e música de arraial. É um dos lados mais pitorescos de Lisboa, à noite, onde velhos e novos se juntam em alegre paródia. Os primeiros brindam à tradição; os segundos, porque qualquer razão é boa para brindar e dançar.
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