A chuva chegou finalmente. Tímida e por pouco tempo, assim rezam as previsões. O estado de seca está implantado.
A quantidade de precipitação em todo o país no mês passado foi mínima: apenas 2,2 milímetros, contra cerca de 100 milímetros de valor médio. Nunca choveu tão pouco em Fevereiro desde que há séries fiáveis e comparáveis de registos meteorológicos. Mesmo em 2005, data da última grande seca no país, choveu mais: 19,7 milímetros.
Neste momento, a seca meteorológica, medida essencialmente pela quantidade de precipitação, já é pior do qualquer outra situação semelhante na mesma altura, inclusive a de 2005, data da última grande seca no país. Há sete anos, 77% do território continental estavam sob seca “severa” ou “extrema” – os níveis mais graves da escala utilizada pelo Instituto de Meteorologia. Agora, são 100% – 68% em seca "severa" e 32% em seca "extrema". A situação piorou desde 15 de Fevereiro, data do penúltimo balanço, quando havia 25% do território em seca "moderada", 70% em seca "severa" e 5% em seca "extrema".
Apesar da seca meteorológica ser já pior do que a de 2005, naquela altura as barragens estavam mais em baixo do que agora – pois a falta de chuva já vinha do ano anterior.
Das 57 albufeiras monitorizadas pelo Instituto da Água, seis estão agora abaixo de 40% da sua capacidade – Arade (27%) e Funcho (30%), no Algarve; Paradela (39%), na bacia do Cávado; Vilar-Tabuaço (23%), no Douro; Alto Lindoso (36%), no Lima; e Vale do Rossim (8%), no Mondego. No outro extremo, há 16 albufeiras a mais de 80% da sua capacidade.
Neste momento, a seca meteorológica, medida essencialmente pela quantidade de precipitação, já é pior do qualquer outra situação semelhante na mesma altura, inclusive a de 2005, data da última grande seca no país. Há sete anos, 77% do território continental estavam sob seca “severa” ou “extrema” – os níveis mais graves da escala utilizada pelo Instituto de Meteorologia. Agora, são 100% – 68% em seca "severa" e 32% em seca "extrema". A situação piorou desde 15 de Fevereiro, data do penúltimo balanço, quando havia 25% do território em seca "moderada", 70% em seca "severa" e 5% em seca "extrema".
Apesar da seca meteorológica ser já pior do que a de 2005, naquela altura as barragens estavam mais em baixo do que agora – pois a falta de chuva já vinha do ano anterior.
Das 57 albufeiras monitorizadas pelo Instituto da Água, seis estão agora abaixo de 40% da sua capacidade – Arade (27%) e Funcho (30%), no Algarve; Paradela (39%), na bacia do Cávado; Vilar-Tabuaço (23%), no Douro; Alto Lindoso (36%), no Lima; e Vale do Rossim (8%), no Mondego. No outro extremo, há 16 albufeiras a mais de 80% da sua capacidade.
As situações de seca são frequentes em Portugal Continental. A sua incidência não ocorre de forma uniforme, sendo geralmente mais significativas nas regiões do Interior Norte e Centro e do Sul do País.
No decurso dos últimos 60 anos verificou-se, em 27 dos anos, a ocorrência de precipitações abaixo do normal (8 dos quais foram climaticamente considerados de muito secos).
No decurso dos últimos 60 anos verificou-se, em 27 dos anos, a ocorrência de precipitações abaixo do normal (8 dos quais foram climaticamente considerados de muito secos).
A antevisão da evolução a médio prazo das condições do tempo não é animadora. Existe uma maior probabilidade para que a precipitação em Março seja abaixo da média. Por isso, “será mais provável que não se verifique desagravamento na severidade da situação de seca meteorológica em Portugal continental, no final de Março de 2012.
Na agricultura, muitas das culturas de primavera estão em risco de se perderem, ou já estão perdidas, e na criação animal, a falta de forragem verde está a aumentar em muitos os custos de produção. Muitas pequenas explorações agrícolas estão em risco de falência, e mesmo que a chuva caia em abundância no mês de Março, não se prevê qualquer melhoria na agricultura, estando neste momento a campanha agrícola grandemente comprometida.