Em declarações recentes à agência Lusa, o presidente da Confederação Empresarial Portuguesa - CIP recordou que a decisão sobre os feriados surgiu na sequência de "equilíbrios possíveis dos parceiros sociais em sede de concertação" social. Tal declaração surgiu depois de se saber que ainda não havia acordo entre a Santa Sé e o estado português para a eliminação de dois feriados religiosos, e que a decisão já não seria tomada a tempo para ser implementada em 2012. Mais afirmou "Se os feriados forem retirados e não entrarem em vigor este ano ou se forem abandonados teremos que ir à concertação social para ver outras medidas que sejam compensadoras".
Vale a pena refletir sobre esta questão com objetividade. Dois feriados em dias de semana, representam menos de 1% dos dias de trabalho de um ano. Não será pura demagogia colocar a questão da competitividade do país e da saída da crise no número de feriados existentes?! Colocar um acordo de concertação social novamente em cima da mesa e pedir medidas compensatórias?! É claro que em tempos de crise, todas as ajudas contam, e cada cêntimo conta, mas será que não seria melhor pensar na competitividade das empresas também do lado dos trabalhadores, e transformar os patrões com visão do enriquecimento rápido em empresários com visão de futuro