Durante o festival de cinema, música e tecnologia South By Southwest, doze pessoas sem abrigo circulavam com uma t-shirt com a inscrição “Sou um ponto de acesso à Internet 4G” dando a indicação para que todos os utilizadores de telemóveis, tablets e computadores portáteis que passeavam pelas ruas da cidade texana pudessem aceder à Web. A ideia começou por ter um objetivo solidário, mas explodiu na cara dos seus criadores. Afinal, usar pessoas sem-abrigo como pontos de acesso à Internet é um incentivo à integração, ou é pura e simples exploração?
O jornalista Jon Mitchell, do ReadWrite Web, dá início à discussão que já chegou às páginas de jornais como o The New York Times: “Podem adivinhar o que acontece depois. Pagam o que quiserem a estes sem-abrigo, pontos de acesso humanos à Internet, e depois podem sentar-se ao lado deles a ver o email ou outras coisas do género. A exclusão digital nunca nos tinha atingido tão em cheio com uma demonstração tão grotesca de provocação inconsciente”.