Agora que se discute o fim do feríado do dia 1 de Dezembro convém relembrar porque ele existe, e porque é importante, quando cada vez mais se perde a independência nacional e que as decisões que afetam todos os portugueses são tomadas a milhares de quilometros de distância.
Guerra da Restauração da Independência Portuguesa
A guerra da restauração da independência portuguesa consistiu fundamentalmente no movimento de revolta contra o domínio espanhol em Portugal, para a recuperação, da independência então perdida.
Depois da entrada vitoriosa das tropas do conde de Alba em Lisboa, o trono português seria ocupado pela coroa espanhola e os portugueses perderiam a sua independência, sobretudo porque o rei D. Sebastião tinha morrido sem deixar descendência e de Filipe II rei de Espanha considerar que tinha direito ao trono que ficara vago.
Filipe II resolveu usar a força das armas para tomar o trono português.
Filipe II, I de Portugal e os seus sucessores não cumpriram as promessas feitas nas cortes de Tomar: Portugal deixou de ser um país poderoso e independente, e sucessivamente começou a ver e sentir as violações dos seus direitos e o abuso da autoridade espanhola que arrastava portugueses nas políticas expansionistas e aventureiristas que praticava então na Europa e além-mar , Portugal tornava-se um país cada vez mais pobre e sem independência económica, a Espanha aplicava pesados impostos sobre os portugueses.
Todas estas situações negativas da presença espanhola em Portugal só contribuíram para reforçar a consciência dos portugueses e a sua vontade de recuperar a independência até aí perdida. Era então inevitável que acabasse por eclodir uma primeira revolta contra o domínio espanhol.
Essa revolta aconteceu em Évora em 1637 foi chamada de revolta do MANUELINHO, foi um importante começo para a recuperação da independência portuguesa tomada pelo trono espanhol. Tratou-se de uma revolta popular contra os pesados impostos espanhóis.
Também entre a nobreza e o clero se partilhavam os mesmos sentimentos de revolta, acabando por o Duque de Bragança ceder á pressão dos conspiradores que preparavam o derrube da opressão espanhola e que pretendiam fazer dele o novo rei de Portugal.
A revolta desencadeou-se a 1-12-1640 e teve por efeito o extermínio da autoridade Espanhola em Portugal.
Nem sequer foi preciso esperar pelas cortes para colocar novamente um Rei Português no respetivo trono, inaugurando assim a Dinastia de Bragança. A quinze de Dezembro de 1964 em Lisboa, o Duque de Bragança, era coroado Rei de Portugal, com o nome de D. João IV, no meio da euforia popular.
Primeiramente foi fácil restaurar a Independência, o qual já não se pode dizer quanto ao assegurar da mesma. A reação Espanhola era esperada e não se podia evitar, embora não tenha sido imediata. (Espanha estava em guerra com França). Portugal pode assim reorganizar o seu exército, recorrendo a especialistas militares estrangeiros e recuperar muitos homens que tinham sido recrutados para o exército espanhol.
*Batalhas do Montijo em 1644
*Linhas de Elvas em 1659
*Ameixial em 1663
*Montes Claros em 1665
A Espanha só aceitou a paz em 1668 e reconheceu a Independência a Portugal.